Resumão

Como vocês devem ter percebido o blog está beeem atrasado, então decidi fazer esse resumão para que eu consiga continuar postando. Anotei pontos importantes de cada dia aqui em um arquivo no meu computador, mas com o tempo vou esquecendo dos detalhes, então para que eu possa voltar a postar direitinho vou fazer esse resumo dos últimos dias:

Days 16(24/01) e 17(25/01): Passamos esse final de semana em uma cidade próxima, chamada Lanco. Fomos convidados por um membro da AIESEC para passar o fds na casa dele e nos conhecermos mais, interagir um pouco etc. Chegamos lá no sábado a “noite” e conversamos um pouco e depois fizemos uma festinha em uma cabana que ele tem um pouco afastada da cidade. Foi bem divertido e conhecemos o tão famoso terremoto que todos aqui falaram que tínhamos que provar. Realmente é muito bom! No domingo acordamos tarde e ficamos conversando até umas 16:00hs, quando saímos para pegar o ônibus de volta a Temuco

Day 18: Foi o nosso primeiro dia de trabalho oficialmente nos acampamentos. Fomos ao Rosas de Quitratue e falamos sobre comidas típicas Brasileiras, depois fizemos uma brincadeira Brasileira e as crianças nos ensinaram brincadeiras Chilenas. Foi muito bom e as crianças são muito inteligentes e carinhosas. *-*

Day 19: (27/01)

Nosso segundo dia de trabalho começou com uma reunião na TECHO para planejarmos a aula e prepararmos tudo para ir ao acampamento. Começamos umas 11:30 e saímos 13:30 para almoçar. Almoçamos em um restaurante próximo a oficina da TECHO e a comida era deliciosa, a melhor que já comi aqui no CHILE, bem comida caseira mesmo.

Terminamos a aula quase atrasados e saímos para pegar o ônibus que nos levaria ao acampamento, esse era um pouco antes do que fomos no dia anterior, então levava umas 1:10 para chegar. Nesse acampamento começamos a aula mais tarde, porque próximo a ele tem um rio onde as crianças vão banhar e não voltam antes das 17:00hs, então começaríamos as atividades 17:00hs

Quando chegamos ao acampamento não tinha ninguém, mas depois as crianças chegaram e a aula foi muito boa. Essas crianças também são muito curiosas sobre o Brasil e participaram muito da aula.

Day 20 (28/01): Estava meio deprê nesse dia questionando muito o impacto que eu quero causar no mundo. A frase “What is the point of being alive if don’t at least try to do something remarkable” era a que estava na minha camisa nesse dia e foi a frase que me perseguiu e guiou minhas reflexões.

Nesse dia também foi o dia em que fomos conhecer o acampamento que queria trabalhar com empreendedorismo. Fomos muito bem recepcionados lá e as pessoas realmente se mostraram interessadas em nos conhecer e aprender o que íamos compartilhar com eles. Foi muito bom e me deu uma animada!

Day 21(29/01/15): Baseado nas reflexões que fiz no dia anterior, estava pensando no que eu vou fazer quando voltar para Teresina, já que vou estar formada e vou finalmente poder começar a fazer as coisas que eu sempre quis. Comecei o dia muito bem, com um convite de uma amiga para um projeto social.

Também tirei um tempo para pensar no que eu vou fazer na semana que me resta depois que o projeto acaba, pois eu “muito esperta” comprei a passagem de volta para uma semana depois pensando em ir para Torres del Paine, mas aqui descobri que seria extremamente caro, então vou ter que procurar outra coisa para fazer.

A tarde fomos para a TECHO planejar o trabalho da próxima semana e lá foi muito divertido porque os meninos começaram a colocar música brasileira e pedir para a gente ensinar a dançar. Fizemos uma festa na ONG, foi muito divertido! Jajajaja

Quando saímos da TECHO fomos no shopping comprar as passagens para Pucón , pois íamos cedinho no outro dia para lá.

Cheguei em casa e estavam a Katha e a Josefa e fiquei muito feliz porque estava a semana toda sozinha em casa, mas minha felicidade durou pouco porque elas estavam fazendo a mala para viajar para o Norte naquela mesma noite. Também fui arrumar minha mala, mas a Josefa queria brincar e não me deixou arrumar a mala, então fui brincar com ela. Ela tem uma energia gigante e não para quieta e falando espanhol é muito linda! ❤

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Day 15 (23/01/15)

Na sexta saímos cedinho de casa para passar o dia em Villarica e aproveitar o máximo da cidade. Villarica é a cidade referencia para os principais pontos turísticos aqui: é de onde se inicia o lago villarica e de onde eu pude ver mais de perto o vulcão Villarica. Acho que já deu para perceber que Villarica é um nome bem recorrente por aqui, então a cidade é importante e queríamos muito conhecer. Mas não é tão turística e não tem muita coisa para fazer, então só um dia lá bastava.

A principal atração (além da bela vista para o vulcão que para mim sempre é atrativo) é uma praia artificial feita pela prefeitura no lago para atrair turistas, pois antes não dava para tomar banho no lago. Então como íamos para essa praia eu saí de casa no clima verão e acabei morrendo de frio no caminho para o terminal de ônibus. Nunca lembro que aqui só fica calor depois das 12:00hs.

A cidade é linda, como todas as cidades daqui as casas são de madeira, mas essa tem uma arquitetura especial que eu não sei como comparar porque não estive em muitos lugares, mas a Isabella falou que é muito parecida com Bariloche. A surpresa e alegria do dia foi ver o vulcão de “perto” ao lado do lago, e de longe ainda dava para ver outro vulcão. Uma das paisagens mais bonitas que eu já vi na vida!

Passamos a manhã na praia, mas não tomamos banho porque a água estava muito fria. Depois fomos procurar um lugar para almoçar. Villarica não é tão turística, mas tem preços de cidade turística e o almoço foi caro comparado com o que pagamos em Temuco e a minha maior decepção foi um suco que parecia bom, mas era tipo aqueles gelinhos muito ruim!

Depois do almoço voltamos para a praia pois já estava quente e as meninas queriam banhar. Resultado do dia: apesar de não parecer estar tão quente nos queimamos muito! Saí de lá com os ombros vermelhos e com a marca da blusa e da mochila no corpo =/

Day 14 (22/01/15)

Quinta feira é praticamente o inicio do final de semana para a gente, pois não trabalhamos e usamos esse dia somente para fazer o planejamento do trabalho da próxima semana. Nesse dia nos reunimos todos os intercambistas para conversar sobre as mudanças feitas nas visitas aos acampamentos, decidimos o que mudaria e o que ficaria do planejamento anterior e cada grupo depois se separou para fazer seu planejamento individual.

Decidimos trabalhar algo cultural com os meninos do acampamento de segunda. Nosso tema seria culinária nas Américas e claro que iriamos focar um pouco mais no Brasil, porque pelo que vimos eles estavam super curiosos para saber mais sobre o nosso país. Depois do planejamento todos voltaram para suas casas, porque iriamos para Villarica na sexta cedinho.

O dia foi bem rotineiro e sem muitas novidades

Day 13 (21/01/15)

O dia não começou bem, fui para a parada de ônibus com minha carteirinha de estudante no bolso e acabei perdendo ela no caminho. Não sei se foi quando fui subir no ônibus ou em algum momento antes, mas o fato é que agora o desconto para estudantes não vale mais para mim. Sabia que estava bom demais para ser verdade!

Encontrei com o pessoal na oficina da TECHO e de lá íamos conhecer os acampamentos e conversar com os moradores para alinhar se o que tínhamos planejado era realmente o que eles queriam e acertar os dias e horários em que iriamos lá. Os acampamentos não são em Temuco, mas em cidades próximas, aproximadamente 1hs de Temuco e nesse dia conhecemos dois deles.

Acampamento é uma tradução literal que fazemos aqui para nos referir aos campamentos, que é como são chamados em espanhol e eu não sei como fazer uma comparação em português. Esses lugares são como favelas ou aqueles bairros bem pobres da cidade. O fato é que as famílias são pobres e recebem o apoio da TECHO para tentar mudar suas realidades

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Quem já ouviu falar da TECHO sempre liga a ONG a construção de casas, e era bem com isso que eles trabalhavam quando ela surgiu aqui no Chile. Chamava-se “Um Techo para Chile” e trabalhavam com a construção de casas provisórias para quem não tinha nenhuma. Eram casas bem pequenas de um cômodo só e que atendiam provisoriamente as necessidades das famílias.

Mas a TECHO cresceu e se expandiu! Hoje eles estão presentes em vários países da América Latina e ainda fazem construções, mas somente no verão e fazem coisas como bibliotecas, parquinhos nas comunidades e ainda algumas casas quando muito necessário. Durante o resto do ano eles fazem um trabalho de assistência às famílias oferecendo, junto com uma equipe de voluntários, reforço escolar, cursos e todo o apoio para que as famílias dos acampamentos possam ter mais oportunidades.

Uma dessas oportunidades é a de conhecer outros países sem sair de casa, através da parceria com a AIESEC e trazendo intercambistas para fazer atividades com os moradores e é isso que eu vim fazer aqui. Somos 9 brasileiros e como eu já falei em posts anteriores vamos fazer atividades culturais, educacionais, vamos falar sobre reciclagem, vida saudável e empreendedorismo.

Os acampamentos que fomos nesse foram o Rosas de Quitratue e o Flor Dongui. O primeiro queria atividades relacionadas à cultura e meu grupo vai trabalhar lá nas segundas feiras de 15:00 às 18:00. O segundo queria atividades relacionadas à reciclagem e vida saudável e vamos trabalhar lá nas terças feiras de 17:00 às 20:00. Detalhe que o último ônibus para Temuco que passa lá é às 19:00hs e então vamos ter que caminhar até a cidade mais próxima para pegar outro ônibus. Um detalhe importante é que esse horário ainda é dia aqui então não é perigoso.

A conversa não demorou muito e quando terminamos nos dois acampamentos voltamos para Temuco e fomos comer empanadas de jantar. Eu comprei uma vegetariana, que quando a mulher descreveu parecia muito boa com milho e outras coisas que eu gosto, mas que quando chegou estava muito ruim e eu fiquei com fome.

Na volta para casa passei em um comércio na minha rua que vendia pão para comprar alguns para o café. Lá conheci o dono do lugar que detectou que não sou Chilena pelo meu espanhol “maravilhoso” jajajaja. Conversamos um pouco, ele é um senhor muito gentil e preocupado que me falou para tomar cuidado com as coisas aqui, e achou muito legal eu ter vindo fazer trabalho voluntário em Temuco e que ao final me deu os pães de graça. Não me canso de admirar a gentileza dos Chilenos!

Curiosidade do dia: Aqui as pessoas fazem pequenos comércios na garagem/frente das suas casas então nas ruas é muito comum se ver plaquinhas de coisas que se vendem naquela “casa”. Só na minha rua tem umas 4 casas assim. Eu acho ótimo porque não preciso ir tanto ao supermercado e posso comprar a maioria do que necessito perto de casa. (O comércio do senhor legal é uma casinha assim)

Day 12 (20/01/15)

Esse dia eu tinha porque tinha que acordar cedo, pois tínhamos marcado um city tour e se não chegássemos na hora perderíamos. Eu, como me conheço, usei a minha tática para acordar cedo que é colocar o despertador 1 hora antes do horário que eu preciso acordar, depois meia hora antes, 10 minutos antes até que depois dos 10 minutos de soneca depois do horário eu consigo acordar. Tenho muita dificuldade porque aqui eu não posso desligar o ar condicionado 3 horas antes de levantar porque o ar condicionado daqui é natural, então está sempre muito frio pela manhã.

Chegamos ao local do city tour na hora, acho que foi a primeira vez que não nos atrasamos para algo aqui em Temuco. O city tour é um passeio que a cidade oferece gratuitamente para os turistas (você só tem que agendar) e um ônibus nos leva por vários pontos turísticos. É muito legal e achei muito bacana por parte da prefeitura oferecer isso gratuitamente.

O local de encontro do ônibus já é um ponto turístico da cidade, que é a praça das armas, onde tem representados todos os protagonistas da povoação da região. Na praça também tem uma galeria subterrânea onde ficam expostas artes da cidade. No dia que fomos estavam expostas umas pinturas lindas de um artista de Temuco.

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Pegamos o ônibus do tour e fomos direto para a primeira parada, que é o museu ferroviário Pablo Neruda. O museu é bem interessante e conta a história ferroviária da região, possuem vagões de várias épocas e um que ainda funciona em algumas épocas do ano fazendo passeios com turistas para que eles possam se sentir como era viajar de trem antigamente.

O nome do museu é Pablo Neruda porque o poeta morou desde criança em Temuco e o pai dele trabalhava na ferrovia e o levava muitas vezes em suas viagens, o que o influenciou muito em sua vida e que é citado em sua obra. No museu também tem uma sala com a história de Pablo Neruda, alguns poemas, escrivaninhas e depois da galeria vamos a um vagão onde assistimos a um vídeo do poeta falando a respeito da ferrovia, é bem interessante. O restante do passeio pelo museu é um tour por vários vagões de épocas diferentes, vamos desde um vagão de luxo ocupado apenas por presidentes até um vagão normal para trabalhadores. Ao final vemos um carro especial feito também para o presidente e que rodava sobre os trilhos do trem.

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Vagão presidencial

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Ainda no vagão presidencial, a suite do presidente: por protocolo ele dormia separado da primeira dama, mas se você observar bem, atrás do abajur tem uma portinha que liga à suite da primeira dama 🙂

Depois do museu fomos ao Cierro Nielol, mas não passeamos por todo o lugar porque não daria tempo, então só paramos em um mirador de onde se tem uma vista lida da cidade, mas eu já tinha conhecido o restante do parque antes.

Do Cierro fomos ao estádio e depois finalizamos no mercado, todo o passeio tanto nos pontos turísticos quanto dentro do ônibus é feito com uma guia que nos dá informações importantes sobre a cidade e sua história. O mercado tem coisas bem legais como lembrancinhas, artesanatos, coisas mapuches e comida tipica. Comemos um pescado depois ficamos passeando pelo shopping, pois nesse dia estávamos de folga.

Day 11(19/01/15)

Segunda passei a manhã em casa, acordei mais tarde setei algumas metas para essa semana porque quero que ela seja melhor do que a anterior e tenho algumas coisas para melhorar, como a minha alimentação, não gastar muito etc..

À tarde fomos finalmente conhecer a oficina da TECHO. A reunião estava marcada para 15:00hs mas algumas pessoas se atrasaram e só começamos a reunião 16:00hs. Na reunião descobrimos que o trabalho não seria como planejamos, porque tudo depende muito da disponibilidade das pessoas do acampamento e nessa época de verão quase todos estão trabalhando no campo. Então teríamos que primeiro fazer uma visita a eles e depois conversar para saber o que querem fazer e quando tem disponibilidade. Talvez o nosso trabalho seja mais com as crianças, porque como os pais estão trabalhando no campo, elas ficam em casa sozinhas. A reunião deu uma desanimada na gente, porque mudou o que tínhamos planejado, mas vamos tentar ser positivos e fazer o melhor no que for possível.

A reunião foi rápida e depois dela voltamos todos para casa. Eu fui ao supermercado comprar algumas coisas, porque as minhas hosts estão viajando para a casa dos pais delas e eu estou em casa só. O supermercado é muito longe de casa e eu mais uma vez voltei para casa caminhando e morrendo de frio.

À noite quando estava jantando, as meninas chegaram com a família delas para pegar umas coisas em casa e voltar para Villarica, tinham passado o dia por Temuco e estavam voltando. Estavam elas duas, os pais, uma tia, uma prima e a Josefa que é a filha da Katha  de 3 aninhos e é linda!! *-*. A prima delas ficou super curiosa sobre português e eu a ensinei algumas palavras, foi divertido.

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Conhecendo a oficina da TECHO

Day 10 (18/01/15)

Depois da aventura do dia anterior pensei ter um dia mais tranquilo no domingo, lavar minhas roupas, escrever os posts e atualizar meu blog, acordar tarde…Acordei com a ligação da Maria Rita chamando para ir para um parque próximo do nosso bairro que tem coisas de aventura para passar o dia lá, chama-se Niagara. Claro que eu topei!

Sai de casa para pegar ônibus para ir para lá, mas descobri que tinha que pegar um primeiro ônibus de onde eu estava até o local de pegar o ônibus para lá. Não era muito longe, mas dia de domingo estudante não paga mais barato. Estava na parada quando me ligaram falando que o dono do lugar ia ao centro comprar umas coisas e as meninas vinham juntas e poderiam me levar.

Vejam que louca a história: os meninos se perderam na ida para lá, pegaram um ônibus e o motorista os deixou em um ponto depois de uma ponte, quando o local certo era antes da ponte. Aí eles tiveram que pegar outro ônibus de novo para voltar para a entrada do lugar, acabaram pegando o mesmo ônibus e ainda tiveram que aguentar o motorista sorrindo deles. Quando chegaram ao lugar o dono de lá os recebeu, deu desconto nas coisas e ainda levou as meninas no centro para comprar coisas para almoçarmos. Ainda ofereceu uma casa para colocarem as coisas, ficarem enquanto as outras iam ao centro e depois preparassem o almoço. Foi na ida ao centro que eles me pegaram, fizemos as compras e voltamos para lá.

Nós ficamos muito impressionados com a gentileza do cara, como eu falei antes as pessoas aqui são muito gentis e nós ficamos sempre muito desconfiados porque isso não é nada comum no Brasil. Não que não tenham pessoas gentis, porque claro que tem, mas todos são muito desconfiados. Aqui as pessoas confiam nas outras, porque assim como ele podia ser alguém ruim, nós também podíamos ser pessoas ruins.

Uma vez estava no ônibus e outra intercambistas tinha passado da parada dela e pediu informação para o motorista e uma mulher também ajudou a dizer onde ela descia. Quando eu desci do ônibus a mulher desceu também e me disse que quando nós não soubermos onde ficam as coisas para perguntarmos, porque segundo ela “as pessoas aqui são gentis e ajudam, não são como as de Santiago”. Não conheço as pessoas de Santiago, mas aqui é bem assim como essa senhora falou: as pessoas sempre te ajudam no ônibus, na rua, em qualquer lugar que você precise e mesmo quando você não pede ajuda e eles veem que você precisa. É muito legal isso! Vou tentar aprender isso com eles e ser uma pessoa melhor.

Voltando a história do parque, o dia foi bem divertido, o pessoal andou nas cordas nas árvores, escalou um paredão, fez tirolesa etc…Eu só fiz a tirolesa, porque não achei muita vantagem nos outros e também porque quero guardar dinheiro para fazer rafting e subir no vulcão.

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Day 9 (17/01/15)

Não sei nem como contar a história desse dia.

No sábado tínhamos planejado ir a Pucón, que é a cidade mais turística aqui perto e onde tem todos os esportes radicais e o acesso ao vulcão. Tentamos comparar a passagem pela internet na sexta a noite, mas não conseguimos, então pensamos em acordar cedo no sábado e ir na rodoviária ver se ainda conseguiríamos a passagem.

Só pensamos, porque no sábado acordamos muito tarde e não fomos nem na rodoviária, porque com certeza não teriam mais passagens. Estávamos pensando no que fazer durante o dia e várias pessoas queriam fazer coisas diferentes, então a Bia falou que um cara que ela conheceu na festa no dia anterior tinha a chamado para ir para uma praia no lago, em Lican Ray que parecia ser bem legal e ela podia levar algumas amigas. Ficamos animadas, mas ao mesmo tempo desconfiadas, porque quando que no Brasil você conhece um cara em uma festa e ele te chama para viajar no outro dia e você vai?! Nunca! E caso acontecesse com certeza acabaria em morte.

Pensamos um pouco (muito pouco) e decidimos ir. Íamos a Bia, a Isabella e eu, mas deixamos os outros avisados que manteríamos contato e caso não enviássemos mensagens para eles durante o dia para que eles mandassem a policia atrás da gente kkkkk. O cara chegou e todo mundo estava na porta para ver como ele era, foi muito engraçado!

Quando entramos no carro estava ele, um amigo e a namorada do amigo dele. Ficamos mais aliviadas quando vimos que tinha uma mulher no carro. E lá fomos nós…

Eles eram bem legais e durante o caminho até Lican Ray, que durou umas 1:30hs, eles nos contaram várias curiosidades sobre o espanhol falado no Chile, como as palavras que mais usavam, gírias e outros. Foi bem interessante e eu anotei algumas palavras no meu caderninho para não esquecer.

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Perseguindo o vulcão

Chegamos na praia com fome, porque não tínhamos almoçado ainda e já eram umas 16:00hs então eles nos deixaram na avenida principal onde tem vários restaurantes e foram procurar uma cabana para alugar, porque iam ficar até o outro dia. Almoçamos em um restaurante muito bom, com uma comida ótima e um suco delicioso. Depois fomos dar uma volta na praia, e conhecer um pouco a região. O lugar é LINDOO!!

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Curiosidade do dia: É muito engraçado ser estrangeiro aqui, as pessoas nos veem falando em português entre nós e ficam olhando achando estranho e quando falamos que somos brasileiros eles ficam impressionados! E é porque o português nem é tão diferente do espanhol. Teve uma hora, quando saímos do restaurante e passamos na rua conversando, uns caras em uma mesa viram a gente falando português e ficaram “Oi brasileiras…” e aí o outro foi virar para olhar e caiu da cadeira! KKKKKKK Foi muito engraçado!

Passamos o resto do dia passeando pelos lagos. O primeiro fica atrás da avenida principal e é bem lotado de gente, bem como praia mesmo, as pessoas ficam tomando sol e tem vários barquinhos para passear pelo lago e tem um grande que faz um tour de 1:00hs pela região. Uma coisa que eu achei interessante é que as pessoas armam barracas na praia e ficam lá dentro só com as pernas para fora. E a areia é preta, também achei engraçado as crianças brincando com pazinhas na areia preta. O segundo lago fica no final da avenida principal e também é lindo! Todos são cercados por montanhas, o que torna a paisagem ainda mais bonita. Esse lago é mais calmo, tem menos gente e parece ser mais particular, tem iates, jet-skis, stand up paddles, mas todos são os próprios donos que levam, não tem para alugar. Nesse lago a areia também é preta e tem muita pedra até chegar na água. Na frente dos lagos também tem várias casas de veraneio lindas!

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Umas 19:00hs fomos procurar o pessoal com quem tínhamos ido, eles já tinham alugado a cabana e estavam na praia (ainda era dia). Demoramos um pouco para nos encontrar e o carinha foi com a gente para pegarmos o ônibus para voltar a Temuco. As pessoas aqui são muito gentis, o que é estranho para a gente.

Tínhamos que pegar um ônibus para Villarica e depois outro para Temuco. O de Villarica foi tranquilo e a viagem durou uma meia hora, mas quando chegamos em Villarica para pegar o ônibus para Temuco as passagens já estavam esgotadas! Falamos com o motorista e ele deixou a gente ir em pé. Essa era a viagem mais longa!

Foi cansativo e conseguimos sentar no finalzinho da viagem. Descemos no centro da cidade e caminhamos uns 5 quarteirões para pegar o coletivo para casa. Tínhamos saído de casa de dia e o dia estava quente então nos esquecemos de levar agasalho, mas aqui o tempo varia muito e quando chegamos na cidade a noite, estava muuuiiiito frio. Quase congelamos no caminho, mas conseguimos chegar em casa!

O pessoal lá já estava preocupado porque depois de um tempo que chegamos em Lican Ray nossos celulares descarregaram e paramos de manter contato. Quase chamaram a policia!

Foi um dia muito louco e divertido!

Day 8 (16/01/15)

Sexta feira é o nosso dia de folga, mas decidimos tirar o dia para tentar arrecadar coisas para usar no nosso trabalho, pois a ONG não tem muito e para que não gastem dinheiro comprando os materiais que vamos utilizar pensamos em pedir patrocínio. A Rocio nos deu uma carta da AIESEC e fomos tentar conseguir os materiais. Eu cheguei atrasada então só participei do final e só conseguimos algo positivo em um mercado, onde o gerente se dispôs a doar coisas que possam ser recicláveis e outros materiais que vão ser muito úteis nas oficinas nos acampamentos.

Almoçamos nesse mesmo mercado, que tem um restaurante na parte de cima e é o mesmo que almoçamos outro dia, onde tem comida de verdade e barata. Depois do almoço decidimos que vender brigadeiro poderia ser uma forma melhor de arrecadar dinheiro para comprar os materiais do que pedir patrocínio, então compramos as coisas para cozinhar e fomos para a casa dos meninos fazer.

Passamos o resto da tarde fazendo brigadeiro. Digo que passamos fazendo, mas quem fez mesmo foi as outras meninas eu só ajudei no que podia, pois meu brigadeiro não é lá essas coisas e sempre que eu faço ficam aquelas bolinhas duras no meio. Elas fizeram brigadeiro normal, beijinho e um com morango, todos deliciosos! Eu também ajudei lambendo as panelas kkkkkk

Depois de fazer os brigadeiros estávamos nos preparando para enrola-los quando o Pablo(outro membro da AIESEC), chegou e nos disse que para vender brigadeiro na rua tem que ter autorização. Então essa ideia ficou parada e os brigadeiros estão na geladeira para depois pensarmos no que fazer…

Saí da casa do pessoal a tardinha e fui para minha casa dormir um pouco e me arrumar para voltar para lá, pois a noite íamos sair e eu ia dormir na casa deles.

Fomos para a mesma boate que eu tinha ido no dia anterior com a Katha e os amigos dela, a Costa 21. Pode parecer que eu estou muito festeira nesse intercambio, pois é a terceira festa que vou nessa semana, mas gostaria de deixar claro que é puramente para conhecer a cultura do local! rsrsrs

Na boate mulher entra grátis até 12:30 e ainda tem open bar de piscola, vodka e rum. Bem estratégico deles embebedarem as mulheres antes da festa, mas não reclamei. Foi o mesmo DJ do dia anterior e como sempre reggaeton tocou a noite toda. Acredito que vai chegar um ponto nessa experiência que ou eu vou sair daqui gostando muito de reggaeton ou vou sair odiando. Amigas, depois me procurem para mais informações sobre los chicos chilenos! jajajaja

Day 7 (15/01/15)

Os dias aqui passam mais rápido do que eu esperava… Não tínhamos planejado nada no dia anterior para fazer na manhã de quinta. Temos todas as manhãs livres, então estamos aproveitando para usar isso para conhecer o que for possível de Temuco e usar o final de semana para viajar.

Estava em casa quando a Yasmin me mandou mensagem perguntando se eu queria ir com ela e a Beatriz conhecer o Cerro del Ñielol, que é um parque no meio da cidade e que fica em cima de uma montanha. Encontrei com elas no centro e umas 14:00hs estávamos lá.

O parque é muito bonito e tem uma vista linda da cidade, lá dá para andar de bike, fazer piquenique e é ótimo para visitar agora no verão. Também tem algumas informações sobre os animais típicos da região (alguns deles estão lá empalhados), sobre a vegetação e tem umas pedras de larva de quando o vulcão entrou em erupção.

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Vista da cidade

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Sala de informações

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Pedras de larvas do vulcão

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Esculturas do Cierro

O passeio no Cierro foi bem legal e na volta para a universidade paramos para provar um Mote Huesillo, que é uma bebida refrescante muito típica daqui e que vendem em barraquinhas na rua. Como quero provar tudo o que for típico, lá fui eu provar o tal do mote: Ele é feito com um caldo de pêssego com um trigo no fundo e um pêssego inteiro no meio. No começo lembra caldo de cana, mas depois vai ficando cada vez mais doce, é como se você estivesse tomando a calda da conserva do pêssego em caldas. Não gostei.

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Barraquinha de Mote Huesillo na rua

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A calda de pêssego e o trigo em baixo, que se come usando a colher. Na imagem não dá para ver o pêssego que fica no meio

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Sorrindo antes de provar

Na universidade terminamos o planejamento dos trabalhos e conhecemos outra integrante da AIESEC em Temuco, a Alejandra que depois nos ajudou com algumas informações sobre lugares para visitar na região. Depois da reunião fomos para um bar conversar e comer. Na frente da universidade tem uma avenida cheia de bares e restaurantes lindos e com decorações super temáticas. Fomos ao Viking, que a noite também tem karaokê. Comemos uma tábua de fritas com frango, muito similar a filé com fritas, mas que aqui também é bem típico e tem um nome que eu esqueci agora. Ficamos na rua até umas 22:00hs e depois fomos para casa

Quando cheguei em casa a Katha me chamou para ir a uma boate com ela e uns amigos e eu me arrumei e fui, pois era em uma outra boate que tinham me falado que era muito boa e eu queria conhecer. A boate é muito melhor do que a que fomos na segunda, as músicas são animadas, as pessoas são mais animadas e tocou musica brasileira, só que muito antiga tipo É o tcham kkkk. A noite foi muito boa!

Curiosidade do dia: Aqui as pessoas seguem mesmo as regras: Na entrada da boate os seguranças pedem sua identidade e realmente olham se você é maior de idade, as pessoas não bebem e dirigem e quando a festa acaba, ela acaba: os seguranças começam a expulsar todo mundo e não pode ficar na boate. Achei isso muito interessante.

Chegamos em casa 4:30 da manhã e ficamos conversando até as 6:00hs, porque a amiga da Katha e seu namorado iam dormir aqui, pois estavam de carro e tinham bebido. O namorado dela é suíço e ficamos essas horas conversando e fazendo comparações entre o Chile, a Suíça e o Brasil. Foi bem legal!

Ahh e o dia aqui amanhece no horário normal